DILEMA GOSPEL

GUILHERME P PINHEIRO

IMAGEM EXTRAÍDA DE: fiqueatentojep.blogspot.com
          
    Existe por aí um dilema gospel, e esse dilema diz respeito aos músicos que cobram absurdos e exigem coisas para ter em seu camarim,etc.
    Ok, cobrar R$ 160.000 (cento e sessenta mil reais) numa apresentação musical é um valor caro. Mesmo se dividirmos em 10, ainda sim se torna um valor alto. Mas, numa geração onde já até se chegou a discutir o quanto um pastor deveria ganhar, não é de se esperar que esses fatos venham a entrar em discussão. Agora, pensemos em algumas questões, como por exemplo: Qual o problema de pedir para ter em seu camarim água, suco, etc? Ou no palco ter iluminação, sistema de som, estrutura de palco, etc? Ora, isso nada mais é do que um dever a ser cumprido pelo contratante do artista. 
    Contudo, ir ou não ir porque não recebeu o tal valor estimado ou não tem o carro apropriado, não é motivo para cancelar uma apresentação. Lógico que todo contrato assinado deve ser cumprido, pois não faz sentido nenhum ter um contrato se não irá cumpri-lo.
    Entre trancos e barrancos, olhemos para o óbvio que não queremos enxergar. Os artistas seculares cobram de meio milhão de reais a mais de um milhão por apenas 50 minutos de apresentação em cima de um palco. E com eles deve ser cumprida toda e qualquer exigência de camarim ou de palco etc. O julgamento só existe porque é gospel e quando se diz gospel entende-se que não se deve “cobrar pela obra”. Mas, gospel não é obra de Deus. Nos shows as musicas até edificam, as melodias emocionam, e alguns até se convertem verdadeiramente; todavia, a realidade das coisas é mais difícil do que a fantasia, e se até Billy Gran foi capaz de dizer que entre todas as pessoas que iam à frente depois de suas mensagens, poucas eram verdadeiramente convertidas, quanto mais num show onde o EMOCIONALISMO está à flor da pele. Adorar a Deus é uma coisa, cantar música que fala de Deus é outra coisa. O que importa é a presença de Deus. Jesus não apenas era Deus como trazia em si a presença de Deus.
   Obra de Deus é orar, amar os inimigos, não invejar as pessoas bem sucedidas e que executa grandes feitos (Sl 37.7), é jejuar, pregar o evangelho de Cristo que não fala de prosperidade ou vida boa, mas sim de uma vida de negação, sofrimento por amor a Deus e a sua obra. Obra de Deus é ajudar os necessitados. A bíblia não condena o usufruir dos bens alcançados pelo trabalho honesto e justo. Ela condena a luxuria, a vaidade, a avareza e principalmente a idolatria. Cobiça da carne, cobiça dos olhos e orgulho não é de Deus (1 Jo 2.15-17).
   Se Jesus vivesse nos nossos tempos, ele com certeza andaria a pé, de carro, de ônibus, de van, de avião, etc. Porque Jesus não se importa com coisas materiais ou com quanto valeu o vestido de alguém ou quanto é o cachê de outro alguém porque ele conhece todas as coisas. Ele falou “Não julgueis” para o que? Acho que você sabe a resposta. Paulo falou: “Porque julgas o outro? Naquilo que tu o condena, tu faz a mesma coisa” (Rm 2.1).

   Portanto, gospel nada mais é do que evangelho, mas não o da cruz, porque evangelho da cruz já tem um nome: JESUS CRISTO. E tudo o que for pregado a não ser Jesus deve ser anátema. (Gl 1.8). Que Deus nos abençoe em nome de Jesus.

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