BESTEIROL EVANGÉLICO

GUILHERME P PINHEIRO

IMAGEM EXTRAÍDA DE: aracatiemfoco.blogspot.com 

          Já não é de hoje que se inventam besteirol evangélico.
O primeiro besteirol é o da nova era, a apologia do diabo. Colocaram diabo em tudo. O diabo está na TV, no rádio, nos livros, nos filmes, na internet. Coitado do Walt Disney  é um endemoninhado sem tamanho. E o que falar da Xuxa e do grande escritor Paulo Coelho? São pessoas que fizeram pacto com satã e por isso hoje fazem sucesso. Colocaram diabo no Picachu, nos desenhos da Disney, nas novelas, nas músicas e por aí vai. Harry Potter é o manual do demônio para as crianças, os adolescentes e os jovens. 
         É claro que a mídia está repleta da influência maligna, mas isso não significa que o diabo é o dono de tudo e tem o controle das coisas, mesmo sendo chamado de "o deus deste século", ele não é deus, porque existe apenas um Deus e é esse Deus que controla e domina sobre tudo e todos. Se pessoas fazem ou deixam de fazer pactos com as trevas, isso já não cabe mais a nós, simples seres humanos; julgarmos e falarmos, porque é muito feio falar daquilo de que não se conhece e Deus pessoalmente julgará tudo e todos e lhes dará a recompensa de seus atos e de suas escolhas. A nós cabe assumir a responsabilidade e as consequência de nossas decisões e atitudes que fazemos em nossa vida.
         O segundo besteirol é o da marcha para Jesus. Esse é sem dúvida um grande besteirol, afinal, qual é o objetivo dessa marcha? O que a sociedade ganha com uma multidão de pessoas caminhando de um lado para o outro, cantando, erguendo cartazes e fazendo mais um grande espetáculo gospel? Queria ver se essa mesma multidão estaria presente numa grande mobilização evangelística para se fazer obras sociais, adentrar nos presídios, nos hospitais, nas cracolândias, nos abrigos, nos asilos e nos becos onde existem miseráveis isolados e excluídos da sociedade. O besteirol é tão grande que depois farão comparações numéricas com a passeata gay e criarem mais uma rixa tola e sem sentido para apenas aparecer. 
        E, quando parece que não vai piorar, aparece o maior besteirol de todos. A mobilização: Um dia sem globo é sem dúvida a maior besteira de todos os tempos. Porque só a globo é a emissora do capeta? Porventura Rede-Record não é? Edir Macedo é o dono dela, ele é homem de Deus, não pode ser do diabo. Ora, só um pouco de estudo para se descobrir que a Universal veio do Candomblé e da Macumbaria. E o que falar da Rede TV e da TV Bandeirantes? O pastor Malafaia tem programa nessas duas emissoras, então não pode ser do diabo. Silas já foi bom, hoje deixa muito a desejar, e talvez esteja mais preocupado em aparecer na mídia, ganhar dinheiro e criar polêmicas do que pregar o evangelho de Cristo. E o canal 21 e da Rit? Valdomiro faz milagres que até Deus duvida e R.R. Soares multiplica renda e deixa as pessoas imunes a qualquer doença, porque doença é do diabo. O fato é que todas as igrejas hoje estão muito distantes do modelo ideal da igreja primitiva lá de Atos dos Apóstolos.
       Os evangélicos estão mais preocupados em aparecer do que realmente viver a vida cristã sem fama, na base da humildade, do amor, da misericórdia, da tolerância, sem reconhecimentos humanos e com as marcas de Cristo na vida. Estão caindo na tentação do diabo que Jesus sabiamente recusou-se a cair de se jogar do pináculo do templo, para demonstrar que são poderosos, estão arrasando e que os anjos estão a favor deles, enquanto sem perceber, vão sendo enlaçados nas armadilhas do diabo; que por trás de todos os acontecimentos está manchando a imagem do cristão, fazendo o cristão ser visto como fanático, intolerante e radical.
       Portanto, que possamos seguir o conselho daquele que realmente devemos seguir que é o Senhor Jesus Cristo de sermos "simples e prudentes" como ovelhas no meio dos lobos e praticarmos o amor que ele nos ensinou e nos ordenou a fazermos, pregando o evangelho primeiramente com as nossas vidas e se precisar com palavras.

          QUE DEUS TENHA MISERICORDIA DE NÓS.                                                                GUILHERME P PINHEIRO.



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